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Gastos de brasileiros no exterior foram os maiores em 10 anos até abril, antes do aumento do IOF, revela Banco Central

Gastos de Brasileiros no Exterior

Maior Valor em 10 Anos

Os gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 6,58 bilhões nos quatro primeiros meses de 2025, informou o Banco Central. Este é o maior valor para esse período desde 2015, quando somou US$ 6,87 bilhões.

Gastos em Abril

Somente em abril, as despesas de brasileiros no exterior somaram US$ 1,68 bilhão, o maior valor para este mês desde 2014 (US$ 2,34 bilhões).

Influência da Economia e do Dólar

Segundo analistas, as despesas no exterior são influenciadas pelo nível de atividade econômica e pelo valor do dólar. O dólar opera em alta nesta segunda-feira (26), cotado a R$ 5,6565, com recuo de 8,64% na parcial de 2025. Mesmo com a queda no início de 2025, o patamar da moeda norte-americana segue acima do nível médio dos últimos anos.

Aumento do IOF

A equipe econômica anunciou o aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) para compra de moeda estrangeira, encarecendo essas operações. O imposto não foi elevado para remessas de brasileiros para contas no exterior direcionadas para investimentos. O aumento do IOF pode evitar uma queda maior do dólar no Brasil ou colocar uma pressão de alta na moeda norte-americana, que tem uma tendência histórica de subir em anos eleitorais.

Contas Externas

O déficit das contas externas brasileiras avançou 52% de janeiro a abril de 2025, registrando um déficit de US$ 21,43 bilhões. Em abril, as contas externas registraram um saldo negativo de US$ 1,35 bilhão.

O resultado em transações correntes é formado por:

  • Balança comercial: comércio de produtos entre o Brasil e outros países;
  • Serviços: adquiridos por brasileiros no exterior;
  • Rendas: remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior.

A piora das contas externas está relacionada ao desempenho da balança comercial, que teve superávit de US$ 14,9 bilhões (menor que os US$ 24,1 bilhões do mesmo período de 2024).

Levando em consideração todo o ano passado, o déficit em conta corrente somou cerca de US$ 60 bilhões (valor revisado). Para 2025, o Banco Central estimou, em março, um rombo de US$ 58 bilhões.

Investimentos Estrangeiros Diretos

Os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira registraram queda de janeiro a abril de 2025, somando US$ 27,3 bilhões (contra US$ 28,5 bilhões no mesmo período de 2024). Mesmo assim, foram suficientes para “financiar” o rombo das contas externas. Em abril, os investimentos estrangeiros totalizaram US$ 5,5 bilhões (contra US$ 3,9 bilhões em abril de 2024). No ano passado, os investimentos estrangeiros diretos no país somaram US$ 71,1 bilhões. Para 2025, o Banco Central estimou, em março, um valor de US$ 70 bilhões.

Fonte: g1 > Economia

Publicado originalmente em: maio 26, 2025 às 4:02 pm

Análise e Impactos Financeiros

A notícia sobre o aumento dos gastos de brasileiros no exterior, o aumento do IOF e a piora das contas externas brasileiras apresenta um cenário complexo com implicações significativas para as finanças pessoais, o mercado financeiro e a economia como um todo. É crucial analisar esses fatores de forma integrada para entender as oportunidades e os riscos envolvidos.

Para os indivíduos, o aumento do IOF impacta diretamente o orçamento de quem viaja para o exterior ou realiza compras internacionais. Viagens, estudos e tratamentos médicos no exterior se tornam mais caros. A inflação doméstica, somada ao câmbio mais elevado e ao IOF mais alto, reduz o poder de compra do brasileiro no exterior.

Em relação ao mercado financeiro, a notícia sinaliza uma possível pressão sobre o câmbio. A alta do dólar pode afetar o retorno dos investimentos em ativos internacionais. Por outro lado, empresas brasileiras que exportam podem se beneficiar de um dólar mais valorizado.

As tendências econômicas demonstradas pela piora das contas externas, apesar do superávit comercial, merecem atenção. O aumento do déficit em conta corrente reflete uma maior dependência externa da economia brasileira. Embora os investimentos estrangeiros diretos ainda cubram o déficit, uma redução consistente desses investimentos pode gerar instabilidade cambial e inflacionária.

Finalmente, a notícia acende um alerta para a necessidade de uma gestão financeira mais cautelosa e estratégica. O aumento do IOF, somado à incerteza econômica, exige planejamento e prudência na tomada de decisões financeiras.

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