Ações da Azul Excluídas de Índices da B3
Contexto da Exclusão
As ações da Azul (AZUL4) serão excluídas dos índices da bolsa de valores brasileira, incluindo o Ibovespa, a partir do fim do pregão desta quinta-feira (29/05/2025). A B3 justifica a medida com base no pedido de proteção da companhia aérea sob o Capítulo 11 da Lei de Falências dos Estados Unidos, equivalente à recuperação judicial no Brasil.
A Azul busca reduzir seu endividamento em mais de US$ 2 bilhões (cerca de R$ 11,28 bilhões) e atrair US$ 950 milhões em novos aportes de capital.
A B3 afirma que a exclusão atende aos termos de seu manual de definições e procedimentos, que prevê a retirada de ações de empresas em recuperação judicial.
Comunicado da B3
A B3 informa que excluirá as ações da Azul S.A. (AZUL4) de todos os seus índices, nos termos do Manual de Definições e Procedimentos dos Índices da B3. A decisão se deve ao pedido de Chapter 11 do United States Code pela companhia, conforme Fatos Relevantes divulgados em 28/05/2025. A Azul terá seus títulos excluídos dos índices IGCX, IBXX, IGCT, IBRA, IVBX, ISEE, ITAG, SMLL, IBXL, IDVR, IBHB, IBBR, IBEP, IBEW, IBBE, IBBC e IBOV ao seu preço de fechamento após o encerramento do pregão regular de 29/05/2025, sendo sua participação redistribuída proporcionalmente aos demais integrantes da carteira com o pertinente ajuste nos redutores. Os valores mobiliários de emissão da companhia passam a ser negociados sob o título de “Outras Condições”.
Análise e Impactos Financeiros
A exclusão das ações da Azul (AZUL4) do Ibovespa e outros índices da B3, devido ao pedido de recuperação judicial nos EUA, tem implicações significativas para o mercado financeiro e para investidores. A perda de liquidez para ações AZUL4 é imediata, dificultando a compra e venda. A recuperação judicial gera incerteza sobre o futuro da empresa e o valor de seus ativos, representando risco de perdas para acionistas.
Para o mercado financeiro, a exclusão afeta a composição do Ibovespa e fundos de investimento que o replicam, exigindo ajustes nos portfólios e podendo gerar volatilidade. A confiança no setor aéreo brasileiro pode ser abalada. A situação da Azul reflete as dificuldades do setor pós-pandemia, com alta de preços de combustíveis e pressão inflacionária.
Embora o cenário apresente riscos, existem potenciais oportunidades para investidores arrojados com alta tolerância a riscos e profundo conhecimento do setor. A recuperação judicial pode ser uma oportunidade de investimento a longo prazo, se a Azul se reestruturar e se tornar lucrativa. No entanto, é um investimento de alto risco.
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