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Governo discute cortar gastos com Fundeb e benefícios fiscais para rever alta do IOF

Governo discute cortar gastos com Fundeb e benefícios fiscais para rever alta do IOF

Contexto da situação

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva discute com o Congresso medidas para conter as despesas com o Fundeb (Fundo da Educação Básica) e cortar benefícios fiscais. Isso visa compensar o aumento do IOF (imposto sobre operações financeiras), já que o Congresso ameaça derrubar o decreto presidencial que elevou as alíquotas desse imposto.

Em reunião no Palácio da Alvorada, Lula se reuniu com ministros e os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para costurar um acordo político.

Medidas em negociação

  • Emenda constitucional para rever os repasses da União ao Fundeb.
  • Ampla avaliação e corte nas renúncias tributárias (benefícios fiscais).

Alternativas ao aumento do IOF serão apresentadas na próxima semana.

Fundo da educação

O Fundeb garante recursos para estados e municípios investirem na educação pública (infantil ao ensino médio). A verba é usada para pagar salários de professores, reformas de escolas, entre outros.

A previsão de repasse da União ao Fundo em 2025 é de R$ 58,8 bilhões. O Congresso aprovou uma emenda constitucional que eleva gradualmente a complementação da União ao Fundeb (de 10% em 2020 para 23% em 2026; atualmente está em 21%). A proposta em negociação é conter essas transferências, especialmente o aumento previsto para 2026 (mais de R$ 6 bilhões).

Renúncia fiscal

Outra medida em discussão é reavaliar as isenções e renúncias tributárias (benefícios fiscais), ou seja, quanto o governo deixa de arrecadar com incentivos a setores. A equipe econômica defende que algumas renúncias não geram o efeito esperado e precisam de análise de efetividade.

Em 2021, esses benefícios somavam cerca de R$ 300 bilhões. A previsão para 2025 é de R$ 544,5 bilhões e para 2026, R$ 621 bilhões. O presidente Lula citou que esse valor pode ser de R$ 800 bilhões.

Decreto do IOF

Com o decreto do IOF, o governo espera arrecadar cerca de R$ 19 bilhões em 2024 e quase R$ 40 bilhões em 2025. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirma que para rever o decreto, é necessário apoio a outras medidas, pois o governo não pode abrir mão desse dinheiro.

É possível que parte do decreto seja mantida. Haddad sinaliza para a manutenção do aumento do IOF em operações para combater desequilíbrios (cobranças diferentes por operações semelhantes).

Uma ala do governo defende ações para controlar o aumento do BPC (Benefício de Prestação Continuada), mas isso enfrenta resistência política.

Fonte: g1 > Economia

Publicado originalmente em: 4 de junho de 2025 às 6:00 PM

Análise e Impactos Financeiros

A notícia sobre a possível revisão do aumento do IOF, em contrapartida a cortes em gastos com o Fundeb e benefícios fiscais, apresenta implicações significativas para as finanças pessoais, o mercado financeiro e a economia brasileira. A situação exige atenção, pois as medidas podem afetar diretamente rendimentos, investimentos e o cenário econômico futuro.

A principal preocupação é a busca por alternativas ao aumento do IOF. Se o Congresso derrubar o aumento, o governo precisará compensar a perda de arrecadação. As opções – cortes no Fundeb e revisão de benefícios fiscais – possuem impactos distintos e potencialmente negativos. A redução dos recursos para o Fundeb poderá comprometer a qualidade da educação pública. A revisão dos benefícios fiscais pode impactar setores econômicos e as finanças pessoais (diminuição das deduções do Imposto de Renda).

No mercado financeiro, a incerteza pode provocar volatilidade. Investidores podem ser mais cautelosos, afetando ações e outros ativos. A revisão dos benefícios fiscais pode levar a ajustes nos preços das ações. O aumento da dívida pública para cobrir o déficit orçamentário pode pressionar a taxa de juros, impactando o custo do crédito.

Do ponto de vista das finanças pessoais, o cenário requer cautela. A possibilidade de redução de benefícios fiscais exige planejamento. É fundamental analisar investimentos, buscando diversificação para minimizar riscos. Acompanhe as notícias e procure aconselhamento financeiro se necessário. O aumento da taxa de juros também pode impactar o custo dos empréstimos.

Em resumo, a situação apresenta tanto oportunidades quanto riscos. A necessidade de ajuste fiscal abre espaço para uma maior eficiência na alocação de recursos públicos. Porém, a forma como essas medidas serão implementadas é crucial. Acompanhamento atento das notícias, diversificação de investimentos e planejamento financeiro cuidadoso são essenciais. A transparência do governo é fundamental.

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