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Balança comercial tem superávit de US$ 7,24 bilhões em maio, menor saldo positivo para o mês em três anos

Balança Comercial de Maio de 2025

Superávit de US$ 7,24 Bilhões

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços informou nesta quinta-feira (5) que a balança comercial registrou um superávit de US$ 7,24 bilhões em maio. Este resultado representa uma queda de 12,8% em comparação com o mesmo mês de 2024 (US$ 8,3 bilhões), sendo o pior resultado para o mês de maio em três anos. Em 2022, o superávit foi de US$ 4,96 bilhões.

Exportações e Importações

As exportações somaram US$ 30,15 bilhões, mantendo-se estáveis. As importações totalizaram US$ 22,9 bilhões, com alta de 4,7% na média por dia útil.

Parcial do Ano

Nos cinco primeiros meses de 2025, o saldo comercial ficou positivo em US$ 24,43 bilhões, representando uma queda de 30,6% em relação ao mesmo período de 2024 (US$ 35,23 bilhões). As exportações somaram US$ 136,93 bilhões (alta de 1%), enquanto as importações totalizaram US$ 112,49 bilhões (aumento de 11,4%).

Destaques das Exportações em Maio

  • Soja: US$ 5,53 bilhões (-3,9%)
  • Óleos brutos de petróleo: US$ 4,38 bilhões (-9,7%)
  • Minério de ferro: US$ 2,3 bilhões (-4,7%)
  • Café não torrado: US$ 1,21 bilhão (+3,5%)
  • Carne bovina: US$ 1,13 bilhão (+18,8%)
  • Açúcares e melaços: US$ 1 bilhão (-28%)

Principais Compradores em Maio

  • China e Macau: US$ 9,68 bilhões (-0,5%)
  • União Europeia: US$ 4,61 bilhões (-5,9%)
  • Estados Unidos: US$ 3,6 bilhões (+11,5%)
  • Mercosul: US$ 2,22 bilhões (+49,6%), sendo US$ 1,69 bilhão para a Argentina (+67,4%)
  • Associação de Nações do Sudeste Asiático: US$ 1,68 bilhão (-9%)

Comércio com os Estados Unidos

Em maio, o comércio com os Estados Unidos apresentou um pequeno superávit de US$ 19 milhões em favor dos norte-americanos. As exportações brasileiras para os EUA somaram US$ 3,606 bilhões (+11,5%), enquanto as importações totalizaram US$ 3,625 bilhões (-5%).

Tarifaço dos EUA

O resultado da balança comercial ocorre em meio ao aumento das tarifas impostas pelos EUA sobre aço e alumínio, que chegaram a 50% recentemente. Em março, entrou em vigor uma cobrança de 25% sobre importações de aço e alumínio. Em abril, tarifas extras foram anunciadas para produtos importados de diversos países, com a tarifa para produtos brasileiros em 10%.

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Análise e Impactos Financeiros

O superávit comercial de US$ 7,24 bilhões em maio, apesar de positivo, representa uma queda significativa e o menor resultado para o mês em três anos. Isso impacta as finanças pessoais, o mercado financeiro e as tendências econômicas do país.

A redução do superávit, especialmente com a queda nas exportações de commodities, pode indicar uma desaceleração econômica. A menor demanda externa pressiona os preços e afeta a receita de empresas agropecuárias e de mineração, impactando empregos e investimentos. Investidores precisam diversificar carteiras, reduzindo a dependência de investimentos atrelados a essas commodities.

As tarifas impostas pelos EUA sobre aço e alumínio criam um risco significativo para a indústria brasileira, reduzindo a competitividade e a lucratividade das empresas exportadoras. Pode haver aumento de preços para o consumidor. Investidores em ações de empresas do setor siderúrgico devem monitorar os resultados financeiros e considerar ajustes em suas carteiras.

O aumento das exportações de carne bovina e as vendas para a Argentina sugerem oportunidades para alguns setores. No entanto, esse dado positivo não deve encobrir a preocupação geral com a diminuição do superávit comercial. A análise detalhada do desempenho de cada setor é crucial.

Em resumo, o cenário é misto. Alguns setores crescem, mas a tendência geral indica uma desaceleração, impulsionada por fatores externos. A diversificação de investimentos e o acompanhamento constante dos indicadores econômicos são fundamentais para uma gestão segura e consciente dos investimentos.

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