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Galípolo reforça críticas sobre decisão do governo de aumentar o IOF: ‘Não é desejável’

Galípolo Reforça Críticas sobre Aumento do IOF

Contexto da Decisão

Há duas semanas, o governo anunciou um aumento no IOF cobrado sobre diversas operações financeiras, mas recuou no mesmo dia devido à reação negativa do mercado. O Congresso também se mobilizou para derrubar o decreto presidencial, fato inédito nos últimos 25 anos.

Crítica de Galípolo ao Uso do IOF

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reiterou sua posição contrária ao uso do IOF para arrecadação ou apoio à política monetária. Ele afirmou que o IOF deve ser um imposto regulatório, conforme sua definição.

“Sempre tive a visão de que a gente não deveria usar o IOF nem para questões arrecadatórias nem para apoiar política monetária. Acho que é um imposto regulatório, como está bem definido”, disse Galípolo durante evento com analistas do mercado financeiro.

Riscos do IOF em Operações de Câmbio

No caso de operações de câmbio, Galípolo alertou sobre a possibilidade de interpretações negativas no mercado internacional, com o receio de que o uso do IOF possa ser visto como controle de capitais. “O receio é que possa soar como controle de capitais, o que não é desejado.”

IOF no Crédito

Galípolo também comentou o uso do imposto em operações de crédito, afirmando que o ideal seria evitar distorções entre diferentes linhas de financiamento. “Não é desejável que se escolha uma linha específica em função de uma arbitragem tributária.”

Ele considerou razoável o uso do IOF para criar isonomia entre alternativas de crédito, mas ressaltou a necessidade de cautela na definição do patamar do imposto. “Dizer que vai pensar em usar o IOF para fazer isonomia das alternativas de crédito, eu acho que é coerente com o instrumento. Mas… em que patamar? Aí é uma outra discussão.”

Fonte: g1 > Economia

Publicado originalmente em: junho 2, 2025 às 11:00 pm

Análise e Impactos Financeiros

A tentativa (e posterior recuo) do governo em aumentar o IOF gerou instabilidade política e financeira. A rápida reversão da medida demonstra a fragilidade de decisões econômicas abruptas e a importância da previsibilidade para a confiança dos investidores.

Para investidores pessoa física, a incerteza impacta a tomada de decisões, levando à aversão ao risco e à busca por ativos mais conservadores. A volatilidade cambial afeta quem investe em dólar ou planeja viagens internacionais.

No mercado financeiro, a interferência governamental gera desconfiança e instabilidade. A alta do IOF em operações de crédito encarece empréstimos, impactando empresas e consumidores. O mercado de câmbio também sofre impactos, com a possibilidade de fuga de capitais.

A longo prazo, a dependência do IOF como instrumento de arrecadação ou controle da política monetária demonstra falta de planejamento estratégico e políticas econômicas sólidas. O aumento do IOF, mesmo que temporário, sinaliza maior intervenção governamental, algo não favorável ao livre mercado.

Em resumo, a situação exige cautela. Acompanhar atentamente as notícias econômicas, diversificar investimentos e buscar aconselhamento financeiro são passos importantes.

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