Nvidia se torna a empresa mais valiosa do mundo
Desbancando gigantes
A fabricante norte-americana de semicondutores Nvidia atingiu US$ 3,446 trilhões em valor de mercado em 3 de junho de 2025, desbancando gigantes como Apple e Microsoft e se tornando a empresa mais valiosa do mundo, segundo levantamento da Elos Ayta Consultoria.
Sucesso impulsionado pela IA
O bom desempenho da Nvidia é consequência do forte aumento da demanda por soluções em inteligência artificial, data centers e chips de alto desempenho, tornando a companhia peça central da nova revolução tecnológica global.
Desempenho das maiores empresas
O levantamento aponta que a empresa ganhou US$ 157 bilhões em valor de mercado em 2025. A Microsoft, segunda empresa mais valiosa do mundo, também registrou melhora na capitalização ao longo do ano. Já a Apple acumulou perdas.
- Microsoft: US$ 3,441 trilhões em valor de mercado. Ganhos de US$ 307 bilhões.
- Apple: US$ 3,036 trilhões em valor de mercado. Perdas de US$ 749 bilhões.
“A liderança entre Nvidia e Microsoft alternou durante o ano, com Nvidia atingindo picos e quedas, mas retomando força e consolidando-se em junho. A Microsoft manteve valorização estável, enquanto a Apple enfrentou maior volatilidade”, analisa a Elos Ayta.
A consultoria também ressalta que essa não foi a primeira vez que a Nvidia ocupou o topo. Em 23 de janeiro, a empresa já havia atingido US$ 3,605 trilhões, superando suas concorrentes tradicionais.
Top 10 empresas mais valiosas dos EUA
Veja as 10 empresas mais valiosas do mercado norte-americano até esta terça:
- Nvidia: US$ 3,446 trilhões
- Microsoft: US$ 3,441 trilhões
- Apple: US$ 3,036 trilhões
- Amazon: US$ 2,184 trilhões
- Alphabet (Google): US$ 2,025 trilhões
- Meta (Facebook): US$ 1,677 trilhões
- Broadcom: US$ 1,208 trilhões
- Tesla: US$ 1,019 trilhões
- Berkshire Hathaway: US$ 1,080 trilhões
- Walmart: US$ 802 bilhões
Lucro bilionário da Nvidia
A Nvidia registrou um lucro líquido de US$ 18,8 bilhões (R$ 107 bilhões) no primeiro trimestre de seu exercício fiscal, uma alta de 26% na comparação anual. O lucro por ação ajustado foi de US$ 0,96 (R$ 5,5), acima dos US$ 0,89 previstos.
A Nvidia também apresentou receita de US$ 44,1 bilhões (R$ 251 bilhões) no trimestre encerrado em abril, um aumento de 69% em um ano. A receita de centros de dados ficou levemente abaixo das projeções dos analistas.
Os resultados vieram apesar do impacto das restrições americanas – posteriormente suspensas – à exportação de chips para a China. A medida causou à Nvidia um encargo excepcional de US$ 4,5 bilhões (R$ 26 bilhões), abaixo dos US$ 5,5 bilhões esperados.
A empresa superou as expectativas para vendas em seu primeiro trimestre fiscal, mas projetou receita inferior ao esperado para o segundo trimestre, prevendo um impacto de US$ 8 bilhões nas vendas devido às restrições dos EUA sobre exportações de chips para a China.
Fonte
Publicado originalmente em: 4 de junho de 2025 às 4:02 PM
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Análise e Impactos Financeiros
A ascensão da Nvidia sinaliza uma mudança significativa no cenário tecnológico e no mercado financeiro. A demanda por soluções de inteligência artificial é o principal motor desse crescimento. Para os leitores, isso traduz-se em múltiplas implicações, tanto oportunidades quanto riscos.
Em termos financeiros pessoais, a valorização da Nvidia reflete em oportunidades indiretas, como salários mais competitivos em setores relacionados à IA. A longo prazo, a inovação tecnológica pode gerar impactos positivos na economia e na renda individual. No entanto, é crucial estar atento à volatilidade do mercado e investir com cautela e diversificação.
Do ponto de vista do mercado financeiro, a ascensão da Nvidia reforça a importância de acompanhar as tendências tecnológicas. Investidores podem considerar a alocação em ações de empresas do setor de tecnologia, mas com diversificação para mitigar riscos. A forte valorização pode indicar uma possível bolha especulativa.
Em termos de tendências econômicas, o domínio da Nvidia aponta para uma economia cada vez mais digital. A competição global por talentos em IA será acirrada, exigindo investimentos em educação e capacitação profissional. Governos precisarão regular o setor para evitar monopólios e garantir a concorrência, promovendo a inovação. Para o investidor comum, a lição é monitorar os desenvolvimentos do setor, compreender a dinâmica da concorrência e não se deixar levar por entusiasmo excessivo, mantendo-se informado e diversificando seus investimentos.