Home / Últimas Notícias / Economia / Trump acusa China de violar acordo sobre tarifas

Trump acusa China de violar acordo sobre tarifas






Trump Acusa China de Violar Acordo Sobre Tarifas

Contexto do Acordo

No dia 12, os dois países chegaram a um acordo para reduzir as tarifas recíprocas por 90 dias. As tarifas sobre as importações chinesas caíram de 145% para 30%, e as da China sobre os produtos americanos foram reduzidas de 125% para 10%. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou a China de violar o acordo sobre as tarifas, que os dois países fecharam no dia 12 deste mês, em uma publicação em sua rede Truth Social, nesta sexta-feira (30).

“A má notícia é que a China, talvez sem surpresa para alguns, VIOLOU TOTALMENTE SEU ACORDO CONOSCO.”

Acordo EUA-China: Redução Temporária de Tarifas

Os Estados Unidos e a China concordaram em reduzir temporariamente as chamadas “tarifas recíprocas” entre os dois países durante 90 dias.

  • As tarifas dos EUA sobre as importações chinesas cairão de 145% para 30%.
  • As taxas da China sobre os produtos americanos serão reduzidas de 125% para 10%.

Representantes das duas potências se encontraram neste fim de semana em Genebra, na Suíça, para discutir as taxas sobre importações e anunciaram o acordo em conjunto na madrugada desta segunda-feira (12). Eles disseram que a redução das tarifas entrará em vigor até quarta-feira (14), mas não divulgaram a data exata.

“Ambos os países representaram muito bem seus interesses nacionais”, afirmou o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent. “Temos um interesse comum em um comércio equilibrado, e os EUA continuarão caminhando nessa direção.”

“O consenso das delegações neste fim de semana é de que nenhum dos lados deseja um desacoplamento”, continuou Bessent. “E o que havia ocorrido com essas tarifas altíssimas era o equivalente a um embargo e nenhum dos lados quer isso. Queremos o comércio.”

Bessent explicou, porém, que o acordo não inclui tarifas específicas para cada setor e que os EUA continuarão o “reequilíbrio estratégico” em áreas como medicamentos, semicondutores e aço, onde identificaram vulnerabilidades na cadeia de suprimentos.

Ele acrescentou que acredita que os negociadores dos EUA e da China se reunirão novamente nas próximas semanas para discutir um acordo comercial mais detalhado, mas não deixou claro quando isso irá ocorrer.

Em coletiva de imprensa pela manhã, Trump disse que não espera que as tarifas dos EUA sobre as importações chinesas retornem a 145% após o fim da pausa de 90 dias, e que acredita que Washington e Pequim chegarão a um acordo definitivo.

O republicano também afirmou que a China já concordou em abrir o mercado para os EUA, mas que isso “levará um tempo para ser colocado no papel”.

Trump destacou ainda que, além dos acordos sobre tarifas já firmados com a China e com o Reino Unido, muitos outros “estão a caminho”.

No entanto, ameaçou aumentar as taxas para os países que se recusarem a apoiar sua proposta de reduzir os preços de medicamentos, assinada nesta segunda. A medida orienta que farmacêuticas diminuam os valores dos remédios nos EUA aos praticados “em outros países”, segundo Trump.

Reação do Mercado

A escalada das medidas tarifárias do presidente americano Donald Trump, com o objetivo de reduzir o déficit comercial dos EUA, abalou os mercados financeiros no mundo todo no mês passado.

Após o anúncio de um acordo entre EUA e China, o dólar passou a subir em relação a outras moedas importantes e os mercados de ações se recuperaram, com a diminuição da possibilidade de recessão global por conta do tarifaço.

Na China, os principais índices de ações fecharam em alta, e o yuan atingiu o maior valor em seis meses. Nos EUA, as bolsas de Nova York tinham fortes altas pela manhã.

O acordo foi mais longe do que muitos analistas esperavam. “Eu achava que as tarifas seriam reduzidas para algo em torno de 50%”, disse Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management em Hong Kong, à Reuters.

“Obviamente, essa é uma notícia muito positiva para as economias de ambos os países e para a economia global, e deixa os investidores muito menos preocupados com os danos às cadeias de suprimentos globais no curto prazo”, acrescentou Zhang.

Relembre a Guerra Tarifária entre China e EUA

A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou após o anúncio das tarifas prometidas por Trump, no início de abril. A China foi um dos países tarifados — e com uma das maiores taxas, de 34%. Essa taxa se somou aos 20% que já eram cobrados em tarifas sobre os produtos chineses anteriormente.

Como resposta ao tarifaço, o governo chinês impôs, em 4 de abril, tarifas extras de 34% sobre todas as importações americanas.

Os EUA decidiram retaliar, e Trump deu um prazo para a China: ou o país asiático retirava as tarifas até as 12h de 8 de abril, ou seria taxado em mais 50 pontos percentuais, levando o total das tarifas a 104%.

A China não recuou e ainda afirmou que estava preparada para “revidar até o fim”.

Cumprindo a promessa, Trump confirmou a elevação das tarifas sobre os produtos chineses.

A resposta chinesa veio na manhã de 9 de abril: o governo elevou as tarifas sobre produtos americanos de 34% para 84%, acompanhando o mesmo percentual de alta dos EUA.

No mesmo dia, Trump anunciou que daria uma “pausa” no tarifaço contra os mais de 180 países, mas a China seria uma exceção. O presidente dos EUA subiu a taxação de produtos chineses para 125%.

Em 10 de abril, a Casa Branca explicou que as taxas de 125% foram somadas a outra tarifa de 20% já aplicada anteriormente sobre a China, resultando numa alíquota total de 145%.

Como resposta, em 11 de abril, os chineses elevaram as tarifas sobre os produtos americanos para 125%.

Os Estados Unidos querem tirar da China as vantagens em tratados internacionais por ser considerado um país em desenvolvimento.

Fonte: g1 > Economia

Publicado originalmente em: maio 30, 2025 às 1:02 pm

Análise e Impactos Financeiros

A notícia sobre a acusação de Trump de violação do acordo tarifário entre EUA e China, após um período de redução temporária, acende um alerta sobre a volatilidade do cenário econômico global e seus impactos nas finanças pessoais e nos mercados. A redução das tarifas, embora inicialmente positiva, mostrou-se frágil e dependente de fatores políticos imprevisíveis. A instabilidade gerada pode afetar diversos aspectos da economia, exigindo atenção dos indivíduos e investidores.

Em relação às finanças pessoais, a principal implicação da instabilidade gerada pela guerra comercial é a inflação. Tarifas elevadas sobre produtos importados da China, mesmo que temporariamente reduzidas, elevam os custos para empresas e, consequentemente, para os consumidores finais. Um aumento nos preços dos bens importados pode impactar o orçamento familiar, principalmente de itens essenciais, diminuindo o poder de compra. A incerteza gerada pela possível retomada das altas tarifas também pode levar as empresas a aumentar preços preventivamente, intensificando a pressão inflacionária. É crucial monitorar o preço dos produtos que você consome, buscando alternativas mais acessíveis ou reduzindo o consumo de produtos com alta probabilidade de sofrer aumento de preço.

No mercado financeiro e em investimentos, a instabilidade gerada pelas negociações comerciais entre EUA e China impacta diretamente a confiança dos investidores. A volatilidade cambial, com oscilações na cotação do dólar e outras moedas, afeta os retornos de investimentos em ações, títulos e fundos de investimento internacionais. Investidores em ações de empresas que dependem fortemente das importações ou exportações com a China podem sofrer perdas significativas caso as tarifas voltem a ser elevadas. A prudência se impõe: diversificação da carteira de investimentos, com alocação em ativos menos sensíveis à volatilidade do mercado, como títulos de renda fixa de baixo risco, torna-se uma estratégia importante para minimizar perdas em cenários de incerteza. Considerar investimentos em ativos reais, como imóveis, também pode ser uma alternativa de proteção em momentos como este.

As tendências econômicas decorrentes desse cenário de incerteza incluem a possibilidade de recessão global, principalmente se a guerra comercial se intensificar. O aumento dos custos de produção e a redução do consumo podem levar ao declínio do crescimento econômico global. No cenário doméstico, a inflação importada e a possível recessão podem levar ao aumento do desemprego e à redução do crescimento salarial. O governo pode adotar medidas para mitigar esses efeitos, como redução de impostos ou estímulo fiscal, mas o sucesso dessas ações depende de diversos fatores, incluindo a própria evolução da guerra comercial. É importante acompanhar as notícias econômicas, entender a conjuntura e tomar decisões conscientes baseadas em informações atualizadas, buscando aconselhamento profissional caso necessário. A análise macroeconômica e o estudo de cenários de pior caso podem ajudar na tomada de decisões mais seguras.

Em resumo, a situação exige atenção. Embora haja oportunidades em certos setores e mercados (como empresas que se beneficiam da diversificação de cadeias de suprimentos, por exemplo), os riscos prevalecem, especialmente para consumidores e investidores menos experientes. O monitoramento constante da situação geopolítica e econômica, a diversificação de investimentos e a busca por informação confiável são estratégias essenciais para navegar por esse ambiente volátil e proteger suas finanças pessoais e investimentos. Lembre-se que este é um cenário complexo e que buscar aconselhamento financeiro profissional pode ser crucial para tomar as melhores decisões para sua situação específica.

Leia também: Mais um ‘gás’ para o PIB: entenda como medidas do governo podem atrasar a desaceleração da economia

Resumo

Trump acusa a China de violar um acordo de redução de tarifas, gerando incerteza nos mercados. A redução temporária das tarifas, embora inicialemente positiva, provou ser frágil e dependente de fatores políticos. A instabilidade resultante pode impactar negativamente a economia global e as finanças pessoais.

Tags

Trump, China, tarifas, acordo comercial, guerra comercial, economia global, finanças pessoais, inflação, investimentos, volatilidade, mercados financeiros,


Sign Up For Daily Newsletter

Stay updated with our weekly newsletter. Subscribe now to never miss an update!