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Trump pode dar empurrão no acordo do Mercosul-UE com tarifaço?


Trump pode dar empurrão no acordo do Mercosul-UE com tarifaço?

Contexto da Ameaça Tarifária

A ameaça do presidente americano, Donald Trump, de aplicar tarifas de 50% sobre as importações da União Europeia (UE) pode reduzir a resistência da França a aceitar o acordo entre o bloco europeu e o Mercosul, segundo especialistas. O assunto será foco da visita de Estado do presidente Lula à França a partir de 4 de junho de 2025.

Resistência Francesa ao Acordo Mercosul-UE

Apesar das boas relações bilaterais, o presidente francês, Emmanuel Macron, declarou sua oposição ao tratado de livre comércio, afirmando que o texto finalizado é “inaceitável”. A entrada em vigor depende da aprovação de outras instâncias da UE. A oposição francesa é motivada pela pressão dos agricultores, que temem a concorrência e a perda de empregos. Ecologistas também se opõem ao acordo.

Inicialmente, os EUA anunciaram tarifas de 25% sobre produtos europeus em fevereiro, elevadas para 50% em maio, com entrada em vigor prevista para 1º de junho, mas adiadas para 9 de julho. No entanto, para aço e alumínio, a alíquota de 50% seria aplicada na semana seguinte ao anúncio.

Pressões sobre a França e Possíveis Mudanças de Posição

O setor industrial francês, especialmente o automotivo, de transporte e de vinhos, pressiona o governo pela aprovação do acordo com o Mercosul devido à nova política tarifária americana. A guerra comercial pode levar a uma reconsideração da posição francesa em relação ao acordo, buscando parceiros comerciais diferentes.

O governo francês se opõe ao acordo devido ao clima político interno, mas a situação internacional pode servir de pretexto para acelerar sua ratificação. Macron poderia tentar modificar o acordo para obter concessões, mesmo que mínimas. O ministro francês das Finanças, Éric Lombard, reconheceu a necessidade de “apressar” as discussões sobre o acordo com o Mercosul devido à ameaça americana.

Outras Perspectivas e Posições

O presidente do Banco Central francês, François Villeroy de Gaulhau, informou Macron que o acordo com o Mercosul poderia “amortecer o choque” dos impactos tarifários da guerra comercial de Trump. Outros especialistas consideram o acordo equilibrado e favorável ao setor industrial europeu, embora represente um problema para produtores de cereais e carne, mas vantajoso para outros setores agrícolas.

Apesar das pressões, a França mantém sua oposição ao acordo, alegando que ele não é bom para a economia francesa e para os produtores agrícolas. A França busca uma agenda comercial europeia coerente com sua agenda regulamentária e climática. O presidente do Conselho Europeu, António Costa, espera a conclusão do acordo em dezembro.

Balança Comercial Brasil-França

No ano passado, a França foi o 29º principal destino das exportações brasileiras, e a 8ª maior fornecedora do Brasil. A balança comercial foi de cerca de US$ 9 bilhões, favorável à França.

Análise e Impactos Financeiros

A ameaça de Donald Trump de aplicar tarifas de 50% sobre importações da União Europeia, e a consequente pressão sobre a França para aprovar o acordo Mercosul-UE, desencadeia uma série de impactos financeiros complexos. A situação exige atenção, pois as consequências podem ser tanto positivas quanto negativas.

Para os consumidores europeus, o aumento das tarifas americanas impacta o custo de vida, levando à inflação. No mercado financeiro, a incerteza gera volatilidade, afetando empresas com forte dependência de comércio internacional. As tendências econômicas globais são profundamente afetadas pelo protecionismo, ameaçando a globalização e afetando as cadeias de suprimentos.

A eventual aprovação do acordo Mercosul-UE pode beneficiar setores específicos, mas gerar impactos negativos em outros, como a agricultura na Europa. Para países do Mercosul, pode haver aumento nas exportações. A descarbonização da economia e a transição energética representam oportunidades e riscos.

A situação é complexa e demanda um acompanhamento atento. A diversificação de investimentos e a busca por informações confiáveis são cruciais.

Fonte: g1 > Economia

Publicado originalmente em: 5 de junho de 2025 às 3:02 AM

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